Chovia, mas não fazia frio. Eu estava bem vestido naquela tarde. Caminhava por uma movimentada rua. Uma senhora me abordou, oferecendo-me cigarros contrabandeados. Disse a ela que não fumava. Então ela me disse:
-Verme maldito, burguês escroto, mesquinho, imbecil.
Com um olhar de fúria liberou todos os seus demônios sobre mim. Chovia, mas não fazia frio. Devo agora admitir, aquela velha tinha razão em quase tudo o que disse, errou apenas quando me chamou de mesquinho. Velha filha da puta, quem ela pensa que é para me chamar de mesquinho? Decidi então comprar todos os cigarros daquela mulher. E se tivesse mais cigarros estocados em sua casa que me trouxesse, estava disposto a gastar quanto fosse para que ela engolisse o que havia dito. Amarrei meus sapatos, arrumei a gravata e com um lenço enxuguei meu rosto. Abri a carteira e me certifiquei do dinheiro que tinha. E logo pensei: com o que tenho aqui, posso comprar até a alma dessa senhora. Chovia, mas não fazia frio.
-Verme maldito, burguês escroto, mesquinho, imbecil.
Com um olhar de fúria liberou todos os seus demônios sobre mim. Chovia, mas não fazia frio. Devo agora admitir, aquela velha tinha razão em quase tudo o que disse, errou apenas quando me chamou de mesquinho. Velha filha da puta, quem ela pensa que é para me chamar de mesquinho? Decidi então comprar todos os cigarros daquela mulher. E se tivesse mais cigarros estocados em sua casa que me trouxesse, estava disposto a gastar quanto fosse para que ela engolisse o que havia dito. Amarrei meus sapatos, arrumei a gravata e com um lenço enxuguei meu rosto. Abri a carteira e me certifiquei do dinheiro que tinha. E logo pensei: com o que tenho aqui, posso comprar até a alma dessa senhora. Chovia, mas não fazia frio.
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